Sistema reutilizável de armadilhas cromotrópicas amarelas (cada embalagem contém 8 armadilhas cruzadas - 20 x 15 cm - com cola e prontas a instalar) desenvolvido para a monitorização e / ou controlo da mosca-da-cereja (Rhagoletis cerasi), mosca-da-casca-verde-da-noz (Rhagoletis completa), mosca-do-mediterrâneo (Ceratitis capitata), mosca-da-azeitona (Bactrocera oleae) e outras moscas que causam danos em fruteiras (pomóideas e prunóideas), bem como para monitorizar o gorgulho-do-caule-do-repolho (Ceutorrhynchus quadridens) e da colza (Ceutorrhynchus napi).
Mosca-da-cereja
Utilização como medida de controlo
O sistema pode ser utilizado como medida de controlo da mosca-da-cereja em modo de produção biológico (MPB) e em árvores isoladas de cerejeiras. Dependendo da altitude, posição e condições meteorológicas onde a parcela a proteger se encontra, as armadilhas devem ser sempre instaladas antes da mudança de cor das primeiras cerejas. A oviposição inicia-se quando as primeiras cerejas mudam de cor de verde para amarelo. 2 a 10 armadilhas, dependendo da dimensão da árvore, devem ser posicionadas de cima para baixo, principalmente na zona oeste, sul e leste da copa. Uma maior densidade de armadilhas pode ser necessária para garantir total proteção, especialmente quando as produções são baixas. A eficácia da armadilha pode ainda ser incrementada significativamente quando utilizada em combinação com plaquetas de amónio (disponíveis separadamente). Alerta-se que o controle dos danos causados pela mosca utilizando este sistema, só será possível se:
- Forem utilizadas armadilhas em número suficiente;
- A determinação do início do voo da mosca for exata;
- A população de moscas presente na parcela e / ou a migração de árvores vizinhas não tratadas, não for muito grande;
- Todas as cerejas forem colhidas em simultâneo;
- A aplicação da medida de controlo for repetida todos os anos.
Utilização como medida de monitorização
A utilização de 8 armadilhas instaladas a cada 40 – 80 árvores do pomar, permite obter a informação requerida sobre a população da praga presente na parcela e assim ter a informação para decidir sobre a necessidade de realizar uma pulverização. Em pomares com árvores de copa muito fechada, uma armadilha deve ser instalada ao nível do rosto (aprox. de 1,7 m de altura) a cada 10 árvores, sempre no lado sul da copa (em variedades de meia estação ou serôdias. Habitualmente, variedades temporãs não requerem tratamento). Em pomares com árvores mais abertas (por exemplo, variedades de tronco elevado), uma armadilha deve ser instalada a cada 5 árvores. O momento correto para a instalação das armadilhas na parcela a monitorizar, está dependente da altitude, posição, condições meteorológicas e das variedades utilizadas na mesma. Em qualquer dos casos, o importante é instalar as armadilhas sempre antes da mudança de cor das primeiras cerejas de verde para amarelo.
Modo de instalação
Para proceder à montagem e instalação das armadilhas, devem ser seguidos os passos (1 a 5) descritos abaixo e ilustrados nas figuras que se apresentam associadas:
- 1 - Montar em cruz, as duas placas que constituem a armadilha;
- 2 - Instalar os arames (não fornecidos) nos orifícios de um dos lados;
- 3 - Para monitorização do ataque, instalar uma armadilha ao nível do rosto na parte sul da copa a cada 5 ou 10 árvores;
- 4 - Para o controlo da mosca-da-cereja (sem inseticida), instalar 2 a 10 armadilhas por árvore;
- 5 - Instalar as armadilhas, essencialmente na zona oeste, sul e leste da copa das árvores.
Decisão para pulverizar: O que fazer após a instalação em monitorização?
Em primeiro, deve-se aguardar a mudança de cor das cerejas nas variedades de meados da temporada. Esta será também a última data possível para efetuar a pulverização: três semanas antes da colheita. Todas as armadilhas nestas árvores devem então ser monitorizadas. As moscas-da-cereja capturadas devem ser contabilizadas e o número médio de moscas capturadas por armadilha determinado. Comparar o valor médio obtido com os valores limites apresentados na tabela abaixo. Se o valor determinado estiver dentro ou abaixo do limite apresentado na tabela, não será necessária a aplicação de uma medida de controlo. Se o valor limite for excedido, uma pulverização deve ser realizada, como medida de controlo da praga. Para variedades tardias siga o procedimento acima descrito, cerca de 10 dias após ou logo que ocorra a mudança de cor das primeiras cerejas.
Valores limite para a previsão do ataque
Na tabela abaixo apresenta-se o número máximo de moscas tolerado por armadilha no momento de decidir a a pulverização, ou seja, 3 semanas antes da colheita. Caso o valor médio for mais elevado, será necessário aplicar uma medida de controlo, ou seja, deverá pulverizar com um inseticida homologado para o modo de produção e autorizado para aplicação em cerejeira.
| Nível capturas | Variedade |
| Meia estação | Serôdia |
| Alto | 2 | 1 |
| Médio | 1 | 0,5 |
| Baixo | 0 | 0 |
Mosca-da-casca-verde-da-noz
A mosca-da-casca-verde-da-noz deposita os seus ovos no mesocarpo dos frutos da nogueira. Os primeiros sintomas do ataque são pequenas manchas pretas, visíveis no epicarpo dos frutos, causadas pela mosca durante a oviposição. Logo após a eclosão, as larvas alimentam-se da polpa do mesocarpo que fica macio, húmido e escurecido. Apesar do seu escurecimento, o epicarpo do fruto normalmente permanece intacto. A polpa do mesocarpo, pelo contrário, degrada-se e contamina o endocarpo da noz (casca lenhificada que envolve a semente – miolo da noz). Esses sintomas não devem ser confundidos com os pontos duros e secos que são causadas por doenças. O miolo da noz não é danificado diretamente pelas larvas da mosca. No entanto, a infestação pode causar manchas escuras no endocarpo lenhificado da noz, que dificilmente são removíveis e causam a sua depreciação comercial. Por outro lado, a ocorrência de infestação precoce, em fases muito iniciais do desenvolvimento do fruto, pode resultar num desenvolvimento enrugado e atípico da semente da noz (miolo), essencialmente devido à presença de fungos em desenvolvimento, e com um odor caraterístico a mofo.
Utilização como medida de monitorização
Os adultos eclodem, normalmente, entre o final de junho e o final de agosto. A utilização de armadilhas cromotrópicas Rebell® Amarillo, quer de forma isolada ou em combinação com plaquetas de amónio (disponíveis separadamente) ajudam a determinar a presença e a intensidade de moscas na parcela a monitorizar. Os sintomas mencionados acima são sinais típicos da presença e do ataque da mosca e a sua observação periódica deve ser realizada pela implementação de um plano fiável de amostragem dos danos causados na produção alvo. Os adultos são facilmente detetáveis e visíveis a olho nu, especialmente quando são perturbados do seu repouso nas folhas e voam. Essas informações devem ser consideradas para a tomada de decisão em relação ao incremento ou redução da dimensão da malha das armadilhas instaladas de modo a responder às variações populacionais detetadas.
Utilização como parte de medidas de controlo
Na produção comercial de nozes as estratégias de controlo com inseticidas diferem de país para país e a venda e utilização de produtos fitofarmacêuticos requer autorização de venda emitida pelas entidades de cada país. Apenas podem ser utilizados produtos fitofarmacêuticos devidamente autorizados no país e homologados para a cultura e modo de produção em uso na exploração. Recomenda-se ainda, que sejam seguidas as recomendações presentes nas circulares regulares resultantes da atividade da Estação de Avisos Agrícolas da Direção Regional de Agricultura e Pescas de cada região. Em produções familiares ou para consumo restrito, a presença de um nível considerável de infestação poderá ser aceite, dado que as nozes com endocarpo enegrecido normalmente permanecem comestíveis. A implementação de medidas de controlo indireto dos danos, baseiam-se essencialmente na instalação de armadilhas cromotrópicas amarelas, onde se inclui o sistema Rebell® Amarillo, pela colheita imediata com destruição dos frutos infestados ou pela cobertura do solo (impede a pupagem das larvas no solo) sob as árvores de julho até agosto. Estas medidas, apesar de indiretas, permitem a redução considerável da infestação e os danos consequentes.
Outras moscas-da-fruta
Utilizar as armadilhas de acordo com as recomendações presentes nas circulares regulares resultantes da atividade da Estação de Avisos Agrícolas da Direção Regional de Agricultura e Pescas de cada região.
Gorgulho-do-caule-do-repolho e da colza
Utilização como medida de monitorização
- Modo de uso: Coloque 2 armadilhas cromotrópicas amarelas, instaladas a 30 – 40 cm do solo em postes de madeira, distanciados 30 m entre si e 2 m da extremidade da parcela;
- Época de instalação: A partir de março, logo que as temperaturas diurnas ultrapassarem os 12 °C;
- Momento do tratamento: 2 a 3 semanas após as primeiras capturas de gorgulhos nas armadilhas. O tratamento deve ser efetuado logo que as condições meteorológicas o permitam.
Limpeza e reutilização
As armadilhas devem ser removidas da parcela antes da colheita, devidamente limpas e conservadas ao abrigo de poeiras / condições atmosféricas adversas. As armadilhas podem ser reutilizadas após remoção, com auxílio de uma espátula e de um biosolvente neutro (não agressivo para plástico - disponível em drogarias), da cola e dos resíduos dos insetos capturados em resultado da utilização prévia. De forma a permitir a reutilização, encontra-se disponível para comercialização a cola necessária para renovar a sua aplicação nas armadilhas, sob a designação de Tangle-Trap (156 g).
